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GT 1 – OS MISSIONÁRIOS DO SILÊNCIO: ECUMENISMO E PROTESTANTISMO NO BRASIL

Dr. Paulo D. Siepierski,

Universidade Federal Rural de Pernambuco

 

A herança conservadora do pensamento protestante no Brasil, reflexo de sua origem missionária, conjugada a necessidade de se diferenciar da tradição católica prevalecente historicamente no Brasil, tornou o protestantismo resistente ao esforço ecumênico, notadamente com o catolicismo. Apesar disso, indivíduos e grupos caminharam na direção de abrir vias ao diálogo. A proposta deste GT é pensar as relações entre católicos e protestantes no Brasil, em suas mais diversas experiências, e pretende acolher trabalhos que discutam quais qr aspectos ligados a esta relação, inclusive teses católicas sobre o protestantismo e a recepção do novo credo pela religião tradicional do Brasil.

Política                                                                                                    

 

GT 2 –A QUESTÃO DO FEMININO NO PROTESTANTISMO BRASILEIRO

Drª. Sandra Duarte de Souza

Universidade Metodista de São Paulo

Dra. Fernanda lemos

Universidade Federal da Paraíba

 

Passados cento e sessenta anos da presença protestante no Brasil as questões referentes as relações de gênero dentro desta tradição ainda se constitui uma equação ainda pouco discutida e pouco admitida, e com uma extrema capilaridade. No campo dos Estudos de Religião essas relações, apesar de alguns esforços e pesquisas, ainda é abordada de forma muito modesta em relação ao protagonismo feminino no nosso protestantismo. As iniciativas de estudo dessa temática são bastante escassas, como o demonstra a circulação dos periódicos especializados em estudos de religião. Portanto, este GT propõe um olhar retrospectivo e contemporâneo da presença do feminino na configuração do protestantismo brasileiro, através da reunião dos pesquisadores e interessados nesta problemática, na expectativa que se possa mapear lacunas de problemáticas carentes de investigação, e mapear resultados de pesquisas já levadas a efeito.

 

GT 3 – O PROTESTANTISMO NO BRASIL IMPÉRIO: POLÍTICA, CULTURA E SOCIEDADE

Dr. José Benjamin Montenegro

Universidade Federal de Campina Grande

ME. Alisson Pereira Silva

Secretaria de Educação e Cultura

 

A inserção do protestantismo no Brasil imperial causou uma série de debates políticos desde a formação do Estado Nacional brasileiro e de suas bases jurídicas (SILVA, 2013). A presença protestante no Império, ao ser mais contundente com a ação das missões evangelizadoras que vieram ao Brasil em meados do século XIX, também proporcionou a iminência de conflitos de ordem sócio-política, uma vez que coexistiam no cenário imperial não apenas dois sistemas religiosos de matriz cristã (catolicismo e protestantismo), mas sobretudo duas cosmovisões (BIÉLER, 1999). Estes debates foram percebidos e sentidos na imprensa periódica, nos discursos paramentares e na literatura. É a partir dessas discussões que pretendemos promover esse grupo de trabalho.

 

GT 4 - PROTESTANTISMO NA REPÚBLICA

Prof. Dr. Lyndon de Araújo Santos

Universidade Federal do Maranhão


Este GT reunirá comunicações voltadas para pesquisas e abordagens sobre o protestantismo no período republicano brasileiro, contemplando os variados aspectos políticos, sociais, culturais e religiosos que atravessaram este segmento desde a transição do império. Seus movimentos, instituições, personagens, literaturas, mentalidades, discursos e práticas são eixos de análise de um complexo e dinâmico fenômeno religioso que se instituiu na sociedade brasileira, na relação com outras tradições religiosas e com seus contextos históricos e sociais. Este multifacetado processo religioso se traduziu em diferentes formas de expressão, identidades e linguagens, a exemplo dos movimentos pentecostal e neopentecostal que se tornaram hegemônicos no chamado campo evangélico brasileiro atual.


GT 5 –TRADIÇÕES PROTESTANTES NA PARAÍBA

Dr. João Marcos Leitão Santos

Universidade Federal de Campina Grande

 

A expansão do protestantismo brasileiro fez o Nordeste o segundo espaço territorial buscado pelas agencias missionárias que atuavam no país. Pernambuco funcionou neste contexto como importante polono projeto expansionista. Porem, inclusive pela sua proximidade geográfica, o estado da Paraíba desenvolveu desde a segunda metade do século XIX uma forte tradição protestante, a partir da visita ocasional e depois sistemática dos missionários nacionais e estrangeiros. Sucedendo estes esforços iniciais o protestantismo se consolidou rapidamente na Paraíba durante o século XX.  Este GT pretende discutir as diversas configurações do protestantismo na Paraíba desde a sua gênese missionária até as suas manifestações contemporâneas.

 

GT 6 – PROTESTANTISMO E EDUCAÇÃO NO BRASIL

Dr. Vasni de Almeida

Universidade Federal do Tocantins

 

Os protestantes se estabeleceram definitivamente o seu campo religioso no Brasil a partir de 1810, com a chegada dos anglicanos e luteranos. No decorrer do século vieram os congregacionais, os presbiterianos, os metodistas e outros dentre as igrejas consideradas históricas ou tradicionais. Uma prática bastante comum entre essas igrejas, o que dava a elas pontos de convergência na interação com a sociedade brasileira, era a preocupação de missionários e missionárias em implantar escolas onde houvesse igrejas. Na igreja, a conversão de almas; na escola, a busca de adesão ao projeto cultural e educacional dos evangélicos. Presbiterianos, batistas, metodistas, luteranos ganharam visibilidade na sociedade muito em função das escolas primárias, secundárias e superiores que organizaram no País. No século XX, assembleianos e adventistas também constituíram suas escolas. Uma educação escolar diferenciada em relação às escolas públicas e confessionais católicas romanas foi sendo ofertada aos brasileiros. Essa educação se insere na cultura escolar, aqui entendida como práticas organizadas em um determinado período e local que não podem ser compreendidas somente pelo viés dos discursos dos sistemas educacionais. Esse GT pretende debater as contribuições das igrejas protestantes na constituição de saberes e práticas escolares que em muito influenciaram a sociedade brasileira.

 

GT 7 – PROBLEMAS E FONTES PARA O ESTUDO DO PROTESTANTISMO NO BRASIL

 

Dr. Bertone de S. Oliveira

Universidade Federal do Tocantins/UFT

 

O GT aqui proposto representa um esforço de valorizar as experiências de investigação do fenômeno religioso, particularmente, o protestantismo a partir de múltiplas fontes documentais e metodologias que mantenham diálogos interdisciplinares, necessários ao saber e ao fazer históricos. Como já bastante estabelecido a prática histórica em religião tem se renovado bastante nessas últimas quatro décadas, cujo corolário tem sido a ressignificação das antigas tradições historiográficas, levando a questionar e redimensionar os modos de conceber a escrita da história das religiões. Pretendemos reunir para discussão comunicações de pesquisadores em geral cujo foco se aproxime dessas renovações das tradições historiográficas na busca do saber histórico contemporâneo de explicação dos aspectos sociais, culturais e políticos da experiência do protestantismo no Brasil a partir de  novos paradigmas teórico-metodológicos, que mudando sua instrumentária conceitual, seja recortando novos objetos e incorporando novas fontes documentais e metodologias em diálogo com outros campos das humanidades.

 

GT 8 –TEOLOGIA E FORMAÇÃO TEOLÓGICA NO PROTESTANTISMO BRASILEIRO

Dr. Manoel Bernardino de Santana Filho

Associação dos Seminário Evangélicos do Brasil

 

O Protestantismo nasceu com horizontes demarcados pelo processo missionário que se estabeleceu no Brasil, num momento em que a teologia protestante experimentava grande efervescência. Severas críticas foram feitas ao longo dos anos de uma ausência de uma reflexão teológica brasileira e sua dependência dos referenciais estrangeiros. Todavia dois pontos importantes se apresentam como base para as discussões do presente GT: o diálogo com outras tradições (estrangeiras) era uma experiência inevitável, porem, um segundo aspecto, é que em muitos momentos houve ensaios mais tímidos ou mais robustos, de um exercício teológico no Brasil. Como não poderia deixar de ser, o exercício teológico realizado reverberou sempre e inevitavelmente nas nossas agências de formação teológica, outra face que ocupa este GT. Portanto, este GT acolhe discussões que versem sobre: 1. A herança teológica do Protestantismo Brasileiro; 2. As tentativas de reflexão teológica condicionada pela realidade do próprio protestantismo brasileiro, e a experiência de formação teológica no Brasil.

 

GT 9 – AS PARAECLESIÁSTICAS E O PROTESTANTISMO BRASILEIRO

Dr. Eduardo Gusmão de Quadros

Universidade Estadual de Goiás

Dr. João Pedro Gonçalves

Faculdade Teológica Batista

 

Existem associações paraeclesiásticas de diversos tipos. Um primeiro dedica-se à publicação de bíblias e a distribuição de literatura evangélica, sendo fundamentais na implantação dos primeiros grupos protestantes no Brasil. Um segundo são organizações missionárias, muitas vezes formadas para trabalhar com grupos sociais específicos como os jovens e as crianças. Um terceiro tipo são grupos dedicados à educação e a formação de lideranças. Um quarto são as organizações que reúnem várias instituições para promover a atuação social ou promover uma causa teológica comum como a ortodoxia ou o ecumenismo. Essas forma de atuar tem quebrado um pouco do tradicional denominacionalismo protestante e marcou o modo de atuar das igrejas no Brasil. Esse Grupo Temático visa proporcionar um balanço histórico desta presença e ação.

 

GT 10 – CULTURA IMPRESSA PROTESTANTE NO BRASIL – DO DEZENOVE À ATUALIDADE

Drª. Karla Janaina Costa Cruz

Secretaria de Educação do Estado da Paraíba

 

Na segunda metade do Século XIX, o estabelecimento das missões protestantes originárias da Europa e dos Estados Unidos provocou mudanças significativas no cenário religioso e cultural brasileiro.  A palavra impressa se tornaria, então, uma eficiente aliada do ideal evangélico por favorecê-lo em ao menos três aspectos: a difusão da propaganda evangélica, a circulação de informações sobre as atividades missionárias das denominações históricas e a instrução doutrinária dos fiéis através da leitura. Nesse conjunto impresso, diversos suportes – a exemplo de periódicos, hinários, livros, folhetos, etc – passaram a constituírem-se significativos artefatos culturais, por meio dos quais diversos gêneros literários circulavam e eram dados a ler. O presente GT justifica sua importância em propor uma reflexão sobre a contribuição da vertente protestante para a construção da história da leitura e do livro no Brasil, favorecendo uma abordagem mais acadêmica às produções literárias religiosas. Serão bem-vindos ao Grupo pesquisas que procurem verificar, nos impressos protestantes, as categorias de autoria, obras, leitores, editoração e tradução a fim de refletir como “conteúdo e materialidade se fundem” (CHARTIER, 2009), história e literatura se imbricam na tentativa de reconstituir, evitando-se os anacronismos, a formação e manutenção de um sistema literário protestante no Brasil.

 

GT 11 – DE CONVERTIDO A PEREGRINO? : PROCESSOS DE AFILIAÇÃO AO PENTECOSTALISMO NO BRASIL

Drnda. Monalisa Ribeiro Gama. Doutoranda no

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais/UFCG.

 

Diferentemente do que foi previsto por estudiosos da religião no início do último quartel do século passado, o fenômeno religioso está longe de perder sua força na construção/invenção do social. O que se observou já no final do referido século foi à sua revitalização, o que tem estimulado pesquisadores a reexaminar a natureza dos processos de afiliação. No Brasil este revigoramento religioso se observa a partir dos chamados Novos Movimentos Religiosos, que delineiam formas inéditas de relação com o sagrado, provocando assim indagações sobre a desconstrução dos sistemas tradicionais de crença e a singular mobilidade religiosa contemporânea. Abordar o tema das afiliações religiosas, sobretudo a partir do pentecostalismonão é tarefa fácil. Em um país cujas diversidades e adversidades modelam um campo multifacetado de realidades que se emparelham e se hierarquizam, a religião torna-se também um elemento marcante no cenário de desigualdades. Diante disto, é interesse deste GT reunir trabalhos que explorem o tema da conversão a igrejas pentecostais, que contemplem aspectos de mudanças e/ou permanências nas formas de se relacionar com a religião no Brasil num contexto religioso plural.

 

GT 12 – POTESTANTISMO BRASILEIRO E PROTESTANTISMO LATINO-AMERICANO

PENDENTE

 

GT 13 – HISTÓRIA CULTURAL DO PROTESTANTISMO NO BRASIL

Drndo.. Harley Abrantes Moreira

Universidade de Campinas/UNICAMP.

Drnda.. Júlia Rany Campos Uzun

Universidade de Campinas/UNICAMP.

 

O tema deste simpósio temático pretende contemplar as discussões acerca do estudo do protestantismo brasileiro na perspectiva da História Cultural das Religiões (BENATTE, 2014). Essa perspectiva é devedora das consequências da chamada “virada cultural”, notadas, sobretudo, a partir da década de 1970, quando grupos de historiadores questionavam esquemas teóricos mais herméticos e generalizantes, tentando abordar fenômenos culturais mais específicos em seus recortes temporais e espaciais, enfocando as distinções de natureza cultural em detrimento de explicações sociais, políticas e econômicas mais gerais (BURKE, 2008).  Pensar o protestantismo no Brasil a partir das práticas e estratégias contidas no escopo da História Cultural permite resignificar religião como parte integrante de culturas específicas, desenvolvidas em tempos e espaços determinados, o que torna seu estudo especialmente relevante na medida em que atua na desconstrução de generalizações que podem incidir sobre protestantes no país.

 

GT 14 – INTERFACES ENTRE AS ABORDAGENS SOCIOANTROPOLÓGICAS E HISTÓRICAS NAS PESQUISAS SOBRE PROTESTANTISMO BRASILEIRO

Dr. Anaxsuell Fernando

Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Dr. Orivaldo Pimentel Lopes Júnior

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

 

A relação entre História e as Ciências Sociais oscilou entre movimentos de aproximação e distanciamento, confrontação e reciprocidade. Categorias teórico-metodológicas tais como evento e estrutura, sincronia e diacronia, ruptura e continuidade, narrativa e interpretação estearam epistemologicamente as relações entre estas esferas de conhecimento. A despeito destas eventuais polarizações, as tensões teóricas e institucionais entre ambas foram a condição de sua indissociabilidade. De maneira específica, no campo dos estudos da religião a fronteira entre história e ciências sociais estabeleceu-se respaldada por relações de boa vizinhança. O início das pesquisas socioantropológicas da religião no Brasil teve como incentivo o aparecimento dos protestantes como força significativa no panorama religioso nacional. Algumas dessas pesquisas foram incentivadas pela própria igreja católica que buscava compreender essa presença. Posteriormente, com a crescente circunscrição dos estudos da religião à esfera acadêmica, os estudiosos do protestantismo continuaram suas pesquisas, porém mantinham ainda o tom crítico que animou a fase anterior. Paralelamente, a História seguiu percurso correlato, embora com certa antecipação cronológica. E, ambas passam a influenciar/estimular/colaborar recursivamente nas pesquisas uma da outra. É nesta fronteira colaborativa que este Grupo de Trabalho se situa. Por isso, se propõe incentivar a compreensão comparativa dessas duas abordagens ao protestantismo, com o objetivo final de fazer uma reflexão sobre a reflexão do Protestantismo no Brasil desde seu alvorecer até o presente. Serão bem-vindas propostas que descrevam os estudos históricos e socioantropológicos do protestantismo no Brasil, preferencialmente aqueles que tenham um olhar transdisciplinar, e trans-modal, isto é, que evitem reducionismos racionalistas na relação entre os modos lógico-empírico e mítico-simbólico de pensamento.

 

GT 15 –MARCAS DO CRISTIANISMO ANTIGO, MEDIEVAL E ORIENTAL NO PROTESTANTISMO BRASILEIRO: SILÊNCIOS, RECEPÇÕES, CONFRONTOS E DIÁLOGOS

Me. Alfredo Bronzato da Costa Cruz

Faculdade São bento do Rio de Janeiro

Me. Edjaelson Pedro da Silva

Universidade católica de Pernambuco

 

Como fenômeno da modernidade, o cristianismo de matriz protestante constrói sua identidade religiosa em diálogo e em confronto com os estratos anteriores, antigo e medieval, da tradição cristã, assim como, por outro lado, bastante apartado das tradições cristãs não europeias. No caso específico do estabelecimento e desenvolvimento do protestantismo no Brasil e na América Latina, este se faz a expensas de um catolicismo hegemônico, que durante longo período se acreditou ser único detentor legítimo de todos os elementos da história eclesiástica anteriores à modernidade; daí a hesitação ou a recusa mais ou menos explícita da parte das confissões protestantes de se apropriarem da herança comum do cristianismo antigo, medieval e do oriente. Se hoje esse quadro vem sendo revertido pelo desenvolvimento dos estudos da teologia histórica e da história eclesiástica, pela colaboração acadêmica em âmbito interdenominacional, pelo contato das igrejas filhas da Reforma com os antigos cristianismos apostólicos não latinos que mantiveram muito vivas a herança patrística, assim como pela necessidade de se dar boas e velhas respostas aos maus e novos problemas, faz-se necessário avaliar quais as dimensões da recepção – e do esquecimento – do cristianismo antigo, medieval e oriental no interior do protestantismo brasileiro.

 

GT 16 – MOVIMENTOS SOCIAIS PROTESTANTES NO BRASIL

Dra. Rossana Britto

Universidade Federal do Espírito Santo

ME. Marcos Vinicius de Freitas Reis

Universidade Federal do Amapá

 

A presente proposta tem com o objetivo discutir teórico e metodologicamente as diversas ramificações dos movimentos protestantes surgidos no Brasil. Nosso simpósio temático pretende refletir sobre as diversas experiências dos mais diferentes vertentes do protestantismo, levanto em consideração seus atores sociais, conflitos, institucionalização e outros elementos. Protestantismos que envolvem desde as tradicionais denominações (Luterana, Anglicana, Batista, entre outras), como também, grupos evangélicos movidos pela Teologia da Prosperidade, pela prática das células e pelo forte apelo midiático.

 

GT 17 – O CULTO CRISTÃO NA CONTEMPORANEIDADE: HÁ UMA REPRESENTAÇÃO REFORMADA?

Dr. José Ferreira Júnior

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Serra Talhada – FACUSST

Drnda. Janaina Freire dos Santos Ferreira

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Serra Talhada – FACHUSST

 

O culto cristão protestante tem vivenciado nos dias atuais modificações significativas. Ou seja, percebem-se inovações, as mais diversas, perpassando-o. Verdade é que seria pueril conceber inalterada a prática citada, uma vez que decorrem quase cinco séculos desde que anunciados foram os princípios reformadores: só a graça, só o Cristo, só a fé, só a Escritura. Ademais, em sociedade, habitam seres humanos, por conseguinte, históricos e, inevitavelmente, mutáveis. Todavia, as transformações que se verificam no culto protestante nos dias atuais remetem ao seguinte questionamento: Há a representação de um cultuar cristão protestante que remeta aos princípios da fé cristã reformada? A inquietação geradora do questionamento feito funciona como elemento instigador à proposição deste Grupo de Trabalho. Assim, pretende-se acolher trabalhos que sejam perpassados por discussão histórica, sociológica e antropológica, cujo foco seja o culto cristão protestante e as transformações e ou continuidades mantidas no seu transcurso histórico.

 

GT 18 – DIÁLOGOS, CONFLITOS E POSICIONAMENTOS: O PROTESTANTISMO NO BRASIL E SUAS DIMENSÕES TEOLÓGICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS

Dr. Márcio Ananias Ferreira Vilela

Universidade Federal de Pernambuco

 

Este grupo de estudo tem por objetivo debater o protestantismo no Brasil não apenas em seus aspectos doutrinários/teológicos, mas em sua dimensão política e social. Dimensões estas que se confundem, e que durante muito tempo foram renegadas pelas as várias áreas do conhecimento, principalmente nas academias. Neste sentido uma pergunta se impõe: como se comportaram estes grupos diante dos mais variados momentos da história republicana brasileira? De que maneira interagiram com os problemas políticos e sociais e trabalhistas? Um exemplo significativo dessa interação tem sido problematizado por inúmeros pesquisadores quando revelam a intensa participação de setores da sociedade civil, como as várias denominações protestantes, na arquitetura do golpe de 1964 e ao logo do regime, ou mesmo no combate ao estado de exceção. Nesta mesma direção, mais recentemente, pesquisadores têm questionado os conflitos trabalhistas envolvendo pastores e professores de seminários com suas denominações religiosas. Assim, entender o posicionamento político e social dos grupos protestantes ao longo da história do Brasil, não tem sido uma tarefa fácil, tendo em vista, ser de fundamental importância compreender a complexidade e a dinâmica que envolve cada instituição.

 

GT 19 – O PROTESTANTISMO NO BRASIL MERIDIONAL

Drª Marta Rosa Borin

Universidade Federal de Santa Maria

Dr. Roberto Radünz

Universidade de Caxias do Sul/Universidade de Santa Cruz do Sul

 

Devido às limitações decorrentes das abordagens teóricas e suas redes conceituais e metodológicas para analisar o campo religioso, este Grupo de Trabalho pretende fomentar um debate em torno da expansão do protestantismo no Brasil meridional a partir do Brasil império, quando se estabeleceu legitimidade a algumas práticas religiosas dos protestantes; analisando as relações com as diferentes instituições religiosas e o Estado retomando o diálogo da história com outras áreas do conhecimento. Para tanto considera-se o campo religioso um espaço de jogo onde as relações se definem, se entrelaçam, onde os agentes sociais ocupam uma posição determinada, à qual estão ligados certos interesses, que podem gerar conflitos ou não. As contradições serão consideradas como elementos da própria realidade que concorrem para moldar o perfil de uma sociedade plural.

 

GT 20 – PERSONAGENS DO(S) PROTESTANTISMO(S) NO BRASIL: HISTÓRIA(S)& MEMÓRIA(S)

Dr. Drance Elias da Silva

Universidade católica de Pernambuco

Me. José Roberto de Souza (UVA/SPN)

Universidade do Vale do Acarau

Seminário Presbiteriano do Norte

Me. Júlio Cesar Tavares Dias (UFJF)

Universidade Federal de Juiz de Fora

 

 

 

A proposta deste Grupo de Trabalho (GT) é reunir, discutir e aproximar pesquisas que enfoquem as relações entre história(s) e memória(s) sobre os diversos personagens do(s)protestantismo(s)no Brasil que emergiram ou ganharam visibilidade no decorrer dos séculos e que contribuíram para a elaboração de novas identidades e espacialidades culturais. Pretendemos abordar as relações que esses líderes protestantes estabeleceram com a sociedade brasileira, enfocando as estratégias de inserção no campo religioso do País, os projetos educacionais, a participação em instâncias políticas, a estrutura eclesiástica,bem como os espaços de sociabilidades construídos internamente. Com isso, desejamos promover o debate de pesquisas em andamento, estudos consolidados e novas abordagens interdisciplinares.

 

 

GT 21 – PRÁTICAS PENTECOSTAIS ENTRE OS PROTESTANTES HISTÓRICOS

Dr. Jonatas Meneses

Universidade Federal de Sergipe

Dr. Jose Rômulo de Magalhães Filho

Centro Universitário Unijorge/Faculdade Areal/BA

 

Os protestantes históricos no Brasil chegaram pela via da imigração, ou pela expansão missionária ocorrida no fim do século XIX. Este grupo de cristãos se firmou com algumas características muito específicas: foco numa racionalização do evangelho, perfil do público alvo, implantação de um estilo de vida próprio. Na década de 1930 a população protestante no Brasil era de 700 mil pessoas, em uma população total de 41 milhões de habitantes, sendo a maioria destes protestantes, ligados às igrejas históricas. A partir da segunda metade do século XX, as igrejas históricas passam por uma grande influência do movimento de renovação espiritual que surgiu com a segunda onda pentecostal no Brasil; elevando o número de protestantes, agora tratados como pentecostais e renovados. O objetivo deste GT é discutir o processo de pentecostalização das igrejas históricas no Brasil a partir do movimento de renovação, e também estudar as igrejas protestantes históricas que mesmo não aderindo ao movimento de renovação, mantem práticas “pentecostalizantes”, que muitas vezes geram conflitos ente os próprios membros destas igrejas. Entendemos que há uma carência de estudos nesta área, pois o foco tem sido sempre os pentecostais e neopentecostais. 

 

 

GT 22 – PROTESTANTISMO E SENSIBILIDADES: NOVAS TEMÁTICAS E NOVAS ABORDAGENS.

Dr. Iranilson Buriti de Oliveira

Universidade Federal de campina Grande

Drndo. Daniel Ely Silva Barbosa

Universidade Federal de Pernambuco

 

 

Uma vasta bibliografia atesta que desde a emergência da Escola dos Annales o diálogo com outras disciplinas possibilitou renovadas interpretações para o campo da História. Cabendo destacar que a partir da década de 1970 os historiadores têm contemplado, cada vez mais, novas dimensões, novas abordagens e novos domínios temáticos. Neste sentido, apesar de crescerem os estudos acerca do protestantismo no Brasil, ainda carecem estudos acerca de questões específicas, principalmente relacionadas com o cotidiano de homens e mulheres, crianças e jovens, pastores e discípulos. Assim, neste GT, desejamos congregar trabalhos de pesquisadores (professores, aluno(a)s da graduação e da pós-graduação), das mais variadas áreas das ciências humanas, que tenham como objetivo refletir acerca do desafio que é pensar o protestantismo em suas multifacetadas manifestações na sociedade, em suas capilaridades, em suas sensibilidades. O fazer diário, o cotidiano praticado, as burlas e táticas de invenções dos fiéis, dentre outras possibilidades de ser protestante no Brasil.

 

 

GT 23 -  PROTESTANTISMO DE IMIGRAÇÃO: ESTUDOS SOBRE OS LUTERANOS NO BRASIL

Dr. Sergio Luiz Marlow

Universidade Federal do Espírito Santo

ME. Janaina Helfenstein

 

Praticamente é consenso entre os historiadores e estudiosos do Protestantismo no Brasil que o mesmo apresentou-se primeiramente através do Protestantismo de Imigração, em especial, através dos alemães luteranos vindos nas primeiras correntes imigratórias, ainda no primeiro quartel do século XIX. Mais ao final do século XIX e início do século XX, aportaram sínodos luteranos organizados que constituíram duas importantes denominações luteranas em solo brasileiro: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). Segundo o Censo 2010, o luteranismo ocupa o sétimo lugar entre as principais denominações protestantes em território nacional, com cerca de um milhão de fiéis. Por outro lado, nota-se uma diminuição gradativa do número de luteranos em relação à população total do país, tornando-se necessária uma análise deste modelo. Desta forma, o presente GT tem como objetivo ampliar as discussões acerca do estabelecimento e desenvolvimento do luteranismo, institucional ou não, no Brasil, bem como tornar-se um espaço de troca de experiências e pesquisas pertinentes ao tema.

 

 

GT 24 - EVANGÉLICOS NO (DO) CIBERESPAÇO

Dr. Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho

Universidade de São Paulo

Dr. Eduardo Guilherme de Moura Paegle

Instituto Federal de Roraima

 

A paisagem social contemporânea pode ser descrita como forma(ta)da por múltiplas formas subjetivas, coletivas e institucionais de identificações, expressões e re(a)presentações. Ao mesmo tempo, as diversas (bri)colagens identitárias possíveis de (re)produção podem encontrar no ciberespaço espaço estimulante de (des)envolvimento. O ciber, proporcionador de relações entre humanos/as e entre humanos/as e máquinas, é ambiente de experiências devocionais, agenciamentos e deslocamentos identitários, resistências, conservadorismos, (in)tolerâncias, diversidades e fundamentalismos – como o é o espaço online. O GT acolherá trabalhos relacionados ao ciberespaço e à conexão entre ciberespaço e outros espaços. São também desejáveis trabalhos nos campos dos estudos de corpo, música, espetáculo, marketing e mídia.

 

GT 25 – MISSÕES PROTESTANTES NO BRASIL

PENDENTE

 

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